quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Coisas de viagens...



Essa é uma que aconteceu na viagem.




No calor infernal que está fazendo no Rio de lava de Janeiro, minha belíssima irmã resolveu que ela tinha que tinha que ir conhecer o Cristo. Programa de turista, é verdade... a vista de lá é linda, também é verdade... mas eu juro que me faltava disposição pra enfrentar os 210 graus que tava fazendo naquela cidade... minha única vontade era de ficar lá no albergue, deitadinho, sem me mexer, pra que o meu esforço não fizesse com minha temperatura corporal aumentasse... mas enfim, resolvemos ir.




Só que tipo: ela resolveu que queria ir logo no pior dia: um sábado. Que, coincidentemente, foi o dia que fez mais calor naquela cidade infernal, enquanto estavamos lá.




Tava puto de verdade, porque não suporto calor, mas fui. No caminho do metrô fui terminando de me estressar, porque além do calor, havia todas aquelas pessoas ridículas que se achavam no direito de andar pela cidade só de sunga, e achar aquilo tudo muito normal. Pois é, o Rio tem dessas.




Entramos no metrô - que tava tão quente quanto lá fora - e pegamos o carro. O foda é que, elám de quente, o metrô do Rio é uam coisa lerda pra cacete... Mas enfim... Vamos parar de reclamar da cidade maravilhosa - antes que alguém venha em bater, rs - e foquemos no que interessa: o post em si.




Enfim, chegamos Às 12h00 no Cosme Velho. Uma fila enooooooooorme nos aguardava. Suspirei maaaaaaaaaaaaaaaais uma vez e botei minha irmã e minha amiga na fila, enquanto ficava na sombra, não me mexendo e conversando com amor.




Depois de muuuuuito, conseguimos comprar a porra do ticket. Sabe que horas era a viagem de ida? 16h40! Uhum, 4horas depois. Isso é pra vocÊs verem como aquilo tava lotado.




Fomos catar um lugar pra comer, achamos uma cantina italiana bacaninha. Estamos lá, com a garlonete nos olhando fixamente - acho que como entramos perguntando pelos pratos comerciais que eles ofereciam e acabamos pedindo a la carte, ela tava um pouco desconfiada de que não tínhamos dinheiro pra pagar, mas tudo bem. Quando estamos pra pagar a conta, Pedro Bial entra no restaurante, causando toda uma comoção entre as pessoas que lá trabalhavam - e na irmã humilhadora também, que queria porque queria tirar foto com ele, mas queria que eu ou a melhor-amiga-de-infâcia-dela-proveniente-de-um-amor-que-nasceu-em-14-dias fôssemos pedir. Não pedimos, ele foi embora e a garçonete que o atendeu afirmou, em alto e bom som, que nunca mais lavaria aquela tulipa onde ele bebeu o chopp dele.




[Sim, o post vai ficar enorme, porque o que eu quero contar meesmo aconteceu na descida do corcovado, e ainda não estamos nem na subida. Querendo, abre uma outra guia aê e vai ver o orkut, colhe as coisas na colheita feliz e depois volta aqui, ok? Eu juro que não zango não!]




Tá. Terminamos o almoço, pagamos a conta, pro alívio da garçonete - que era a cara de minha sogra, diga-se de passagem - e fomos esperar o tempo passar numa praça ao lado do trem. O tempo passou, fomos pra estação, enfrentamos maaaaaaaaaaaaaaaais uma fila e pronto, finalmente entramos no troço lá.




Detalhe¹: Como já tinha uns 2 dias que havia carregado a bateria da câmera, e como ela fica com os 3 pontinhos de bateria durante mito tempo, mas depois que cai pra 2, ela não dura muita coisa, de manhã cedo falei pra irmã humilhadora: "coloca a câmera pra carregar!", e ela ficou de fazer isso. Até porque ir ao Cristo e num tirar uma fotinho de braços abertos com 2 milhões de pessoas se espremenro atrás/do lado / e até na tua frente não é ir ao Cristo. Ok.




Detalhe²: as bonitas não tinham o que fazer e tiraram as fotos mais estapafúrdias possíveis, posando em frente a um belíssimo muro com a tinta descascando enquanto esperávamos o trem. Ok.




Detalhe³: nessa graça, a bateria desceu pra apenas duas barrinhas. Ok.




Enquanto íamos subindo, tirams algumas fotos nossas, tentei tirar algumas fotos da paisagem, mas que apareceram só os braços dos outros que iam à frente, talz. Descemos do trem, pegamos o elevador, nos dirigimos à escada rolante. Quando eu tiro a primeira foto do cristo, o que acontece?




Chutem, chutem, chutem!




Murphy vem e dá aqueeeeeeeele abraço: A câmera descarrega.
Por quê? Por quê? Por quê?
Porque irmã humilhadora não colocou a bateria pra recarregar!




Nãããão, eu nem fiquei com raiva. Eu nem quis jogar minha irmã dali de cima. Eu neeeem quis que o que passa no filme de 2012, com aquela onda enorme que vem e leva o cristo junto acontecesse, só pra ver se aquele calor infernal melhorava... nada disso, vocÊs sabem, né?




Pois é. Embucetei-me e o que resta do Cristo são fotos escrotas tiradas com a câmera escrota do celular.




Pois é.




Mas não é isso que eu quero contar. O fato se deu quando já estávamos de volta ao trem, descendo. Como fomos os últimos, sentamos separados. Ao meu lado, havia duas paulistanas, que estavam participando de uma excursão da CVC, cuja guia deles, em si, dava um post sozinho aqui, mas como é feio falar mal das pessoas - e eu não consegui tirar uma foto/gravar um vídeo dela, vocês não vão sentir o impacto. Mas tudo bem.




Na descida lerda, estas duas paulistanas vinham conversando. Uma - morena e mais nova - era casada e estava acompanhada do marido e da filha, que estavam no banco de trás - e a outra - uma velha se-noção, loura, que pelo visto, tava desacompanhada.




Detalhe4: eu não sou de escutar conversa dos outros, mas era porque elas estavam ao meu lado, então não tinha como não escutar. Pois é.




Conversaram sobre várias coisas... lugares que frequentavam, num sie quê, talz... começaram a falar sobre a relação casa/apartamento e segurança. A morena foi contar a hst dos pais, mais ou menos assim:




- Ah, os meus pais moravam em casa, mas aí a minha mãe fez meu pai comprar um apartamento. Daí, eles faziam o seguinte: ele levou só uma cama e uma televisão pro apartamento... aí passavam o dia inteiro na casa. Quando dava umas 18h, saíam de lá e iam pro apartamento. Dormiam lá, e quando dava 7h da manhã, voltavam pra casa e passavam o dia lá. Todo dia era isso...




- Gente, mas por que isso? - perguntou a loura.




- Meu pai não gosta muito de apartamento, prefere a casa... mas realmente achava que o apto era mais seguro...




- E até hoje eles fazem isso?




- Não, não... mas eles passaram mais de um ano fazendo isso todo dia...




- Mas e aí, o que levou teu pai a se decidir por morar no apto? Tua mãe conseguiu convencê-lo?




No que a morena responde, com a maior calma do mundo:




- Não, não... ele foi atropelado.




Eu não me contive e sorri. Como assim a louca fala que o pai foi atropelado assim, na mior, minha gente? A loura ficou super horrorizada, querendo saber do estado de saúde do pai da morena, talz... e eu lá, sorrindo da falta de humanidade da filha com o proprio pai... Pra vocÊs saberem, o velho quebrou a perna, na "cabeça do fÊmur", segundo a doida. Mas já tava tudo bem hoje em dia...




Daí que a conversa continuou, né? Porque mulheres já falam demais, mulheres de férias, então... Os assuntos variaram demais e chegou ao ponto de falarem sobre seus intestinos preguiçosos e suas retenções de líquido. Eu já não aguentava mais aquilo, mas aí a morena resolveu falar pra loura - que, segundo ela, sofria horrores com retenção de líquidos - sobre uma nova água mineral que ela andava comprando, que não tinha num sei o quê lá, e que ajudava quem tinha esse problema...




Diz a loura:




- Sério? Menina, pois qual é o nome?




- Não lembro... amor, qual é o nome daquela água que a gente tá comprando agora, que evita retenção de líquidos?




O marido que, pela cara, tava tão feliz quanto eu com todo aquele trelelê resmungou lá que não sabia... a loira vai e larga a pérola, que é, realmente, o motivo do post. [sim, comemore, nós estamos acabando! rs]




- É, eu tow precisando mesmo... porque menina, ÁGUA É UM NEGÓCIO PESADO, né? Ave maria, ÁGUA É UM NEGÓCIO QUE RETÉM LÍQUIDO, deus do céu!




Gente, eu nao aguentei: eu dei uma gargalhada na cara da doida. Serinho: juro que não consegui me controlar...




A minha sorte foi que isso foi quando estávamos chegando novamente à estação, então antes que eu levasse um pito por escutar conversa alheia, eu me levantei logo e fui embora. Rindo, obviamente.




É isto, povo.




Acho que vou voltar a escrever mais aqui, visto quie agora eu sou um desempregado - o que vai ganhar um post especial também, rs.




Xerus pra todo mundo e uma ótima semana! ^^