Tava olhando ali minhas coisas e achei esse texto que eu escrevi há um tempão, que er apra colocar aqui, mas que não sei por qual motivo, não coloquei. Mas agora tá aí, pra vocês, como sempre, se divertirem rindo da minha cara, rs.
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Estava eu em minha pequena casinha, coçando fazendo muito pouca coisa, só aproveitando o feriado, mais mal vestido que um mendigo com roupas de ficar em casa... tudo lindo, tudo ótimo, tudo muito ungido [/Cleyciane mode OFF. ].
De repente, não mais que de repente, a campainha toca. Eu que num sou porteiro, fiquei na minha mesmo, porque eu num tava esperando ninguém e, se eu bem conheço a rotina de casa, era o vendedor de camarão perguntando se “a patroa num ia querer um camarãozinho...” enfim, continuei fazendo as minhas coisas.
Daí que uns 2 minutos depois, metem a cara na porta do meu quarto. Era um parente, que aparece lá em casa de década em década. “Deve ter vindo trazer o outro parente pra almoçar”, pensei. Falei com ele, tomei a bênção e voltei pro meu note, que tava mais interessante.
Seria tudo muito simples, né não? Seria. Mas comigo as coisas são simples, boas e de Deus?
[todo mundo em coro, vamos lá:] NÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOO!
De repente escuto um barulho. E uma voz. Uma voz esganiçada, e que não cessava.
Pois é. Era o parentinho. Uhum, o filhote de parente, que tem 4 anos. Ahan, isso mesmo.
E eu amo pequenas pessoas, vocês sabem, né? #Not.
Detalhe¹: acabou que eu num falei pra vocês que finalmente ganhei o meu melhor presente do mundo inteiro, o meeeeeeeeu helicóptero sensacionalmente sensacional. Pois é, depois do que aconteceu aqui, na parte 5 e de muito me enrolarem, eu recebi. É verdade que quebrei no mesmo dia que eu ganhei, porque eu sou lesado e num sei pilotar o bichinho ele é doido e sai voando descontroladamente pra todos os cantos, menos pra onde eu quero que ele vá, e que usei de toda a minha cara de pau pra ir lá onde compraram e dizer que ele NUNCA nem tinha subido, só ficou lá piscando, sem fazer nada... e trocaram! Uhuuhuh Pois é, só sei que como eu tenho cara de honesto apesar de não sê-lo, eles ficaram com muita peninha de mim e trocaram o bicho, e agora eu tow com um novinho lá em casa, que eu tenho medo de pilotar pra num quebrar de novo, já que os 7 dias já passaram, e agora num vão mais trocá-lo... Daí que eu tinha saído um dia antes pra brincar com ele, e quando voltei pra casa, o deixei lá em cima da cadeira do meu quarto. Ok.
Daí que trouxeram o parentinho pra falar comigo como se eu fizesse questão. Tá. Quando ele entrou no meu quarto, a primeira coisa que o cão gritou foi:
“OLHA PAPAAAAAAI! UM HELICÓPTEROOOOOOOOOOOOO! EU QUERO BRINCAR COM O HELICÓPTEROOOO!”
Oi? Como é que é?
Parentão mandou ele falar comigo, e ele veio apertar minha mão e me dar um abraço, sem tirar os olhos do meeeu helicóptero. Eu olhei logo pra cara dele com aquela cara de “Nem inventa!”, mas ele era meio sem noção e ficou o tempo todo dizendo: “OLHA O HELICÓPTERO, PAPAI! OLHA O HELICÓPTERO, PAPAI!”
Eu só olhava pra Parentão, com aquela cara de “Num te faz de doido tu também!”. Parentão me olhava e olhava pro cãozinho, e ficamos nessa. E cãozinho dizia que queria brincar e perguntava onde era que tava o controle, porque pra brincar com ele precisava do controle... eu só olhava pra cara dele com aquela cara de “Ahan, Cláudia, senta lá!”.
O cãozinho sai desesperadamente do quarto, sem ter nem pra quê. “Se tocou que ele num vai nem pensar em tocar no meu helicóptero”, pensei. Estou pegando o computador de volta, quando ouço: “Olha, parentãozão! Um helicóptero! Cadê o controle do helicóptero? Precisa do controle pra brincar com o helicóptero! Eu quero brincar com o helicóptero!”. Viro e vejo que o cãozinho foi buscar Parentãozão lá na baixa da égua pra ver se ele deixava ele brincar com o helicóptero. Parentãozão, que é doido pelo menino, olhou com aquela cara de “deixa o menino brincar” pra mim. Eu só virei as costas. Hunf.
Só sei que o cãozinho ainda foi buscar a mãe dele e papai pra verem o helicóptero. Papai quando chegou no quarto e percebeu o que tava acontecendo, olhou pra mim, começou a rir e disse: “Não, não dá pra brincar com ele não, tá quebrado...”. o guri ainda frescou mais e, não satisfeito, foi buscar mamãe, que também foi o sensata o suficiente pra dizer que o bicho tava quebrado e num dava pra brincar. Parentão, que nuca chegou a sair do meu quarto, resolveu finalmente tirar o menino de lá, pra sossego do meu juízo.
Mas não é só isso!
O diabo do cãozinho ainda tomou o restante da caixa do meu suco de laranja caseira – mas não de uma forma educada: ele abriu a geladeira, viu a caixa de suco, pegou, abriu e tomou, na boca! Simples assim! – gritou e correu a casa inteira enquanto Irmã Humilhadora e eu tentávamos dormir e, por fim, tentou se jogar do buraco – porque lá em casa tem um vão que serve como clarabóia. Ele é num nível mais alto que o cão, óbvio, e tem umas barras, pras coisas/pessoas não correrem o risco de cair por lá. Pois o cão subiu e tava já se ajeitando pra pular de lá (tem uns 4m de altura de lá até o piso do andar de baixo) quando papai resolveu ir ao banheiro e catou o cão lá de cima infelizmente.
Resultado: prenderam ele no terraço (que tem uma grade altona, que não ia ter como ele pular) até o fim da visita.
Enfim: já avisamos que quando esse povo for lá pra casa, mamãe e papai tem que nos avisar antes, pra dar tempo de nós sairmos de casa pra um lugar bem longe! RS
Ótima semana pra todo mundo!