Ah, se eu tivesse uma espingarda...

Ontem eu acordei uma pessoa feliz. O céu estava azul, os passarinhos cantavam, o sol estava bonito, e eu saí deixando scraps musicais pras pessoas... Tudo lindo!


Meio-dia estava eu pronto para sair da imobiliária. Meu querido papai havia ficado com o carro, tudo bem. O dia ainda estava belo, e eu estava felix.

Detalhe: a distância do trabalho do meu pai pra imobiliária é de 1,5km. Pertinho, né? Né!

Pois meu querido papai conseeeeeeeegue levar 20 minutos de lá pra imobiliária.

P-o-i-s-é.

12h25min papai chega pra me buscar. Claro que uma hora dessas, eu já estava um pessoa injuriadinha, mas nada demais. Talvez só a claridade do sol me incomodava um pouco... Tudo bem...

Fui pra casa, comi uma comida ruim pá porra e fui deitar pra tirar aqueeeeeeeeeele cochilo bacanhênha de depois do almoço, antes de vir pra UFMA. Ok. Isso já eram 12h45min.

Cochilei.

Acordei com o cheiro do meu perfume novo troaaaaaaaaando.

Detalhe²: eu não gosto de perfumes, puxei uma coisa da minha mãe que 99% deles me dá dor de cabeça. Eu ODEIO gastar dinheiro com perfumes, mas como as pessoas com as quais eu ando são mortas de cheirosas a sociedade exige, eu andei comprando um, beeeeeeem carinho - pros meus conceitos - por sinal.

Pois é. Acordei com o fedor cheiro do perfume. Abro meus olhos, devagar, achando que era coisa da minha cabeça... Quando eu vejo, o guri filho da puta meu primo que morava lá em casa tá lá, se afogaaaaaaando na porra do perfume...

Ahhhhhh, doido!

Quando eu ia levantar pra dar na cara dele, quê que eu olho?

Mamãe devolvendo a minha carteira pro lugar que eu havia deixado.

Detalhe³: na minha pequena casinha, as pessoas não respeitam o dinheiro alheio. Tá na carteira e a carteira tá à vista de todo mundo? Pois o dinheiro é de quem pegar primeiro a carteira, e não do dono dela. P-o-i-s-é.

Divido o meu ódio em 3. Ódio por papai dirigir feito uma velha devagar, ódio pelo meu primo gastar o meu perfume caro e ódio por mamãe ter me assaltado.

Dou um berro no féla da puta, ao mesmo tempo em que corro em direção à minha carteira, pra ver se consigo salvar alguma coisa...

Detalhe4: lá na imobiliária me pagam quinzenalmente, e sempre com dinheiro em mãos. Eu havia recebido o dinheiro na terça à tarde e não havia ainda tido tempo de depositá-lo. Recebi R$232,50, e tinha mais uns quebrados - por volta de uns 30 conto - dentro da carteira. Pois é.

Abro a carteira: quanto é que tem lá?

DEZ REAIS!

Poooooooooooooooois é!

Só consegui pensar nas espingardas que tem na casa de meu amorzinho boboquinha cuti-cuti di mô dêuzo meu amor. Serinho como elas nunca me pareceram tão convidativas.

Ok. Lutei contra a Nazaré que queria tomar conta de mim, e não joguei minha pequena mamãe da escada. Banhei rapidamente, arrumei-me e desci.

Detalhe5: Porque vocês conhecem a irmã humilhadora e seu notebook, né? Eles já deram as caras neste e neste post. Pois é.

No caminho, peguei o notebook dela e fui pro carro. De vez em quando eu o peço emprestado e o levo pra UFMA, porque às vezes lá a gente fica ocioso e todos os computadores ficam ocupados, aí é bom ter um note pra usufruir do wi-fi de lá.

Quando eu fui entrando no carro, o quê que acontece?!

Papai resolve que cai querer me deixar cotoco sem a mão e pá!, fecha o vidro do carro bem na minha mão.

Pois é. Quase que eu começo a andar de buzão de graça, usando a carteira de deficiente.

Entrei no carro - que tava fedendo mais que outra coisa, devido ao guri filho da puta, que resolveu que ia pegar carona com a gente - com a mão doendo pá porra. Ok. Papai foi dirigindo lerdamente até o seu trabalho. Chegando lá, ele salta, e eu digo que é pra irmã humilhadora ir dirigindo, porque eu não queria.

Ela disse que num ia.

Eu disse que num ia também.

Ela, porque é uma grandissíssima filha da puta, diz: "Então tu num vais levar o notebook".

"Espingarda, espingarda, espingarda...", foi só o que eu consegui pensar.

"Soca essa porra no teu raaaaaaaaaabo e depois roooooooooooooooooooooooooooooooooda este caralho lá dentro", foi o que eu respondi.

Ela foi dirigindo e eu num peguei o note.

Sabe o céu azul, o sol e os passarinhos cantando do começo do dia?

A única coisa que eu conseguia pensar era que eu queria que caísse uma chuva daqueeeeeeelas de matar o povo do Sá Viana afogado! e que todas as porras dos passarinhos morressem de câncer na garganta.

Pronto, falei!

Mas tá, passei a tarde toooooda vendo um jeito de me vingar.

À noite, eu saí. E o que foi que eu fiz?

TIREI OS CABOS DO MODEM E DO ROTEADOR!

aushauhsauhsauhsuash

Tá pensando?! Se é pr ser escroto, eu também sei ser!

Tow lá no meio dos amassos ocupadãããão, mamãe me liga pra dizer queeu havia feito muito errado em levar os cabos - porque vocês sabem que ela sempre defende a humilhadora, né? Né! Pois é!

Foi aí que minha noite ficou completa. Porque mamãe havia se emputecido também, asasashauhsuhs.

Ai, ai... vingança é um troço bom, né não?

P.S.: Deus, o Senhor num tá ouvindo/vendo isso não, viu? Eu sou uma pessoa boa, Você sabe disso! uhuhuh

Resultado: fiquei feliz por ter feito raiva pra alguém e mamãe até hoje num fala comigo, só pq eu fiz raivinha pra filhinha dela, aushauhsuahsuahsuahsuahsuahushaushuahs

Ai, ai...

Post enorme, eu sei, mas é que eu PRECISAVA dividir istocom vocês!

Xeeeeeeeeru!