Pois é. Finalmente a 3ª parte do post sobre as dívidas.
Então... Depois de o tele-atendente me desejar boa sorte após me comunicar que eu devia simplesmente R$247.419,54, eu sorri, né? Porque enfim, eu num ia nem me preocupar com essa loucura...
Poooois é... No outro dia, fui atrás desta loucura no número que o rapazinho me deu. Se vocês me deram um número que existisse, ele me deu também. Ligo, nada!
Como eu estava uma pessoa super afim de ter meu nome limpo, fui lá na Riachuelo. Saí um pouco mais cedo do trabalho e fui lá. De novo a mesma coisa: centro, aquele inferno pra estacionar, talz... Mas até que Deus tava de bom humor comigo: arrumei uma vaga pertinho de lá, sem nem ter que dar 10 voltas no quarteirão. Tudo tava correndo bem, então eu ia resolver aquilo. Lei da atração nessas horas é o que há.
Entrei, peguei minha senha... só duas pessoas na minha frente... é, papai do céu realmente ta me ajudando. Rapidinho fui atendido. Bla bla bla, talz... o cara vê meu débito.
“É... uhm... olha, aqui ta constando um valor meio alto, vou ali falar com a minha gerente pra gente lhe dar um desconto”
Ok.
Ele vai, passa uns 5 min e volta:
- Seguinte, é porque esse seu caso é melhor a gente ver com a matriz, porque a minha gerente aqui não vai conseguir lhe dar um desconto tão bom, e na matriz, eles podem. Só que como já passou das 18h, lá já fechou. O senhor vem amanhã um pouco mais cedo, pode ser?”
Ok. Não custava nada, né, já que iam resolver a minha situação. Ok.
Dia seguinte saio mais cedo do trabalho maaaaaais uma vez e vou lá. Vaga não tão fácil, 5 pessoas na minha frente. Ok, vamos esperar. Uns 20 min depois, me chamam, eu explico a situação. A menina fala do débito do cartão e eu cito que tenho um empréstimo. Ela fala que vai verificar.
Eu juro que queria ter filmado a cara dela quando ela viu o valor. Foi uma mistura de susto e riso, ao mesmo tempo. Ao final, ela se decidiu pelo riso, deu uma gargalhadinha na minha frente e disse:
- Sr. Thyago, porque aqui ta constando um valor absurdo pro senhor: R$ 249.718,63...
- Quê?!
- É, senhor... R$ 249.718,63
Pausa.
Mais de dois mil reais de juros em só dois dias?! Serinho, aquilo era pra rir. E foi o que eu fiz. Gargalhei.
Expliquei pra ela o valor “antigo”, ela sorriu de novo e foi falar com a gerente.
Uns 15 minutos depois, ela volta, pedindo pra eu voltar no ooooooooutro dia, porque mesmo com o desconto máximo que a gerente tava dando, ainda tava muito caro... que eles iam mandar um e-mail pra matriz e que no outro dia resolveriam. Ok. Embucetei-me um pouco, mas como até ela mesmo riu, relaxei.
Isso foi na semana antes do feriado. Como eu gastei todo o dinheiro, esperei chegar a segunda quinzena – porque eu recebo quinzenalmente, em um dos lerê-lerês - pra ir lá de novo. E assim o fiz.
Desta vez, fui com mamãe, que tinha umas coisitas pra resolver lá também. Chegamos às 13h30min lá. Peguei minha senha: 457. Em qual estava? 425. Pois é! Apesar de eu num suportar esperar, tinha me decicido a resolver aquela situação naquele dia. Mostrei pra mamãe que, espertinha que só ela, pegou uma senha de atendimento preferencial – ela tem mais de 60 anos – e disse que ia resolver pra mim. Ok!
Menos de 10 minutos depois, chamam a senha de minha querida mamãe, que vai na sua saga de tentar resolver minha pequena conta.
Logo vi que a menina que tava atendendo madagracinha era uma pessoa com cara de lerda. Depois de uns 10 min sem ela sequer ter levantado – porque como eu já estou escolado, eu sei que eles tem de ir lá dentro falar com a gerente pra ver um desconto – eu fui lá. Ela tava dizendo pra mamãe que o valor era aquele mesmo, que eu tinha que ligar pro call Center. Eu me meti e disse que já havia feito isso e a indicação era de que eu resolvesse na loja. Ela me olhou com cara de “por um acaso eu estou te atendendo?” e respondeu que eu haveria de ligar. Eu disse que já havia ligado e que, inclusive, aquela era a 4ª vez que eu ia à loja, pois da última ficaram de ver um desconto pra me dar um valor SENSATO pra eu pagar. Ela, com a mesma cara de “por um acaso eu estou te atendendo?”, disse que iria verificar a informação. Eu, antes que me embucetasse, fui me sentar.
Mais uns 5 minutos, mamadi [caminho das índias mode off] volta, com um pedaço de papel na mão. Perguntei o que era, ela disse que era ao telefone para o qual eu tinha de ligar e a proposta de parcelamento que a menina havia feito. Take a look na foto abaixo (clica pra ela ficar grande e tu poderes acompanhar direito a história)
Pois é. A vagabunda mulher com cara de lerda e um buço mais cabeludo que o meu bigode queria me dizer que eu ainda devia R$ 18.514,56, e que eles estavam me dando um maravilhooooooooso desconto pra pagamento à vista, que sairia por SOMENTE R$14.100,00. Mas, se eu não tivesse como pagar à vista, eu poderia parcelar, claro! Uma entrada de R$2.820,00 + 14 parcelas de R$1.121,04.
Indignei-me e falei pra mamãe que só saía dali com aquilo pago. Olhei pro painel, ainda faltavam 23 senhas a serem chamadas antes da minha. Sentei-me, mandei mensagem dizendo que ia me atrasar e esperei.
Neste ínterim, liguei para minha pequena amiga dotôra adêvógada que ta doida pra eu processá-los só pra ganhar um troco e perguntei o que fazer. Ela disse que era pra eu pedir que imprimissem meu extrato, com o valor da conta e que levasse pra ela. Ok.
Às 15h32min eu finalmente fui atendido. Entreguei o papel da senha, expliquei logo que queria saber do valor do empréstimo, não do cartão. A menina olhou.
- Senhor Thyago, o valor do seu débito, atualizado, é de R$261.631,04.
Eu já estava uma pessoa tão puta qu Enem sorri do absurdo. Só olhei pra cara dela e disse:
- Agora você vai me dar um valor que não seja absurdo.
- Só um momento, deixa eu ver o desconto que eu posso lhe oferecer... [alguns minutos depois]. Senhor, eu posso fazer pro senhor por R$14.100, à vista....
- Minha filha, chama a tua gerente. Eu já vim aqui 4 vezes pra resolver isso, toda vez me mandam voltar, eu fico perdendo trabalho... acabou a graça! Chama teu gerente e aproveita e me dá logo alguma coisa impressa com esses valores bem aí.
- Senhor, eu não posso lhe dar impresso...
- Mas tu vais me dar. Imprimei meu extrato bem aí. E outra coisa: da última vez que eu vim este inferno aqui, pediram pra eu voltar no outro dia, pois iriam me dar um desconto DECENTE, pra que este débito passasse a ter um valor menos ridículo. Vai atrás da tua gerente e te resolve com ela, eu só saio daqui depois que vocês resolverem me passar um valor condizente com a realidade.
- Senhor, mas eu não posso lhe dar nada impresso, se o senhor quiser, eu anoto em um papel...
- [puxando o celular do bolso] Vem cá, tu vais querer me dar esse extrato ou tu preferes entregar pra minha advogada?
- Só um minutinho, Sr. Thyago... (e se levantou).
É. A minha vontade era de rir, mas se eu risse, eu perderia a pose. A menina, coitada, na hora que eu falei em advogada, ficou branca. Olhei pra mammys, ao longe, e sorri. Ela fez um sinal de legal e eu voltei pro meu ar de estou-muito-puto-e-vou-processar-esta-porra-toda. Uns 2 minutos depois, a bonita volta.
- Senhor, eu falei com a minha gerente e, como o senhor é um cliente especial ela lhe deu um desconto um pouquinho maior. O valor do seu débito total, pra pagamento à vista, é de R$ 604,03.
Cliente especial? Doido, o limite do meu cartão era R$360, desde quando um ser humano com este limite é especial pra alguém?!
R$604,53? Viu como a gente tem que dar uma de doido, pra conseguir as coisas?
Pois é. Paguei a bosta e, de quebra, ela me deu um documento que mostra os valores dos meus débitos o que, segundo pequena amiga dotôra dêvógada, já nos serve pra entramos na justiça contra eles. Por que vocês sabem, né? Eu fui humilhaaaaaado demais nestes dias, enquanto eles me acusavam de dever centenas de milhares de reais, uhuhh.
Enfim... por enquanto, é o que eu tenho pra contar da saga “pagando as dívidas”... mas como ainda tem conta – e Murphy não sai do meu pé, e vocês sabem disso – provavelmente eu ainda terei alguma coisa pra falar sobre este assunto pra vocês...
Xeru, povo! Ótima semana pra vocês! ^^