quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Pagando minhas dívidas - parte 1


Daí que eu resolvi parar de me humilhar pedindo o cartão dos outros emprestado tomar vergonha na minha cara virar hominho e pagar as minhas contas.

Ok.

Daí que segunda feira eu saí mais cedo do trabalho, fui ao banco pra tentar resolver minha pequena vida. Fui na agência lá da universidade mesmo já que, quando eu ainda tinha conta neste banco eu sempre resolvi minhas coisas lá. Depois de uns 15 minutos, sou atendido. Conto toda a minha história para a prenha dos infernos a atendente lá, que consulta minhas coisas e diz: “Thyago, tua conta não é daqui, né? Tu vais ter que ir lá na tua agência mesmo, pra resolver com ela, porque eu não tenho acesso aqui.”

Thyaguinho olha pro relógio: 15h20min. “Porra, ir lá no centro... arrumar vaga... Mas não, eu tenho que resolver minha vida hoje!”, pensei. Levantei-me e fui-me para o centro.

Aquela aventura, né? Achar vaga no centro. Depois de mais quiiiiiinze minutos dando voltas, acho uma vaguinha, faço minha baliza perfeita e corro pro banco, afinal já eram 15h44min.

Entro no banco, os dois atendentes estão ocupados. Sento, puxo o celular e ligo pra amor. Fico ali, batendo aquele papo, talz... sou chamado. Cumprimento, conto a minha história, ele diz que vai checar no sistema.

“Thyago, é o seguinte: como o teu débito é um pouquinho antigo, eu não tenho mais acesso a ele. Tu vais ter que falar com a tua gerente, que é essa menina bem aqui ao lado, a Francília, que ela resolve tudinho pra ti.”

Ok, ok. Thyaguinho estava de bom humor... puxei o celular de novo, liguei novamente para amor, talz... vejo eles se olhando, talz... comento com amor: “Ei, acho que eles tão é me prendendo aqui... tão dando tempo enquanto a polícia chega pra me levar preso, uhuhuh”. Amor, que nem é nigrinha, retruca: “É verdade, fiilho... se te convidarem pra ir pra uma sala mais reservada, não vai não, fica sempre em locais com gente, auhsauhausuh”. Nigrinhamos, tudo e tal... a gorda duzinferno minha querida gerente desocupa. Eu me levanto, ao passo que um outro doido se levanta também e corre pra mesa dela. Eu, muito educado que sou comecei a gritar, chamando-o de filho da puta, ao mesmo tempo em que caía de bicudo no estômago dele só olhei pra gerente que tratou de fazer com que ele se levantasse da cadeira que meeeeee pertencia. Ok.

Mais uma vez contei a minha história, e mais uma vez, foram fazer a pesquisa no sistema.

E mais uma vez disseram “é porque o teu débito é muito antigo e eu não consigo acessá-lo”.

Pára tudo! Como assim a minha gerente gorda e com buço não tem acesso à minha conta, depois que o mundo todo disse que só ela o tinha? E agora, comofas/

“Tu tens que resolver por telefone, Thyago. Tá aqui o número...”

Para tudo de novo!

Como assim me fazem sair de um canto pro outro, brigar por vaga no centro da cidade, levar chá de cadeira pra, no final, dizer que eu SÓ POSSO resolver o troço por telefone?!

Serinho que eu não voei na cara da féla da puta eu num sei nem o porque. Levantei-me, muito a contragosto e vim pra casa – porque, nesta graça, já eram 17h. Peguei o telefone e liguei lá pro troço.

Uma atendente filha da puta me atende (redundante, mas fazer o quê?), já com voz de nojo. Peço pra ela ver, finalmente, quanto é o meu débito. Ela, com voz de cu, responde que era R$2.600.

Ok. Pergunto se eles parcelam ou se dão desconto à vista. Ela responde:

“R$1500 à vista. Pra parcelar, é R$2600 com uma entrada de R$600 e 10 x R$200”, desse jeitinho em aí, com tooooooooda esta finesse e educação.

Retruco que ta muito caro, ela diz “Minhas ofertas são só essas. O senhor quer fazer alguma?”

“Não pode diminuir o valor da entrada? “

“Não, porque a entrada tem que ser maior que o valor das parcelas. VAI QUERER OU NÃO?”

Embuceto-me. Com quem aquela vadia que num deve ter nem ensino médio pensa que ta falando?!

“Minha querida, 250 é maior que 200. 300 é maior que 200. Ou seja: pra ser mais que 200, não precisa ser 600. Há 400 números entre estes dois.”

“Uhum. O senhor querer fazer uma proposta ou não?”

“Não sei. Eu quero pagar, mas estes valores tão fora da realidade do meu bolso...”

“1000 reais a vista, o senhor tem condição de dar?”

“Se tu me deres um prazo, sim.”

“Até amanhã.”

“Minha filha, isto não é prazo...”

“Então fica ruim, porque são as propostas que eu tenho. O senhor quer o quê? Dever 2600 e pagar 500?”

Pois é. Foi deeesse jeitinho que a vagabunda falou comigo. Juro que fazia tempo que eu não sentia tanto ódio dentro de mim. Parei, respirei e deixei fluir todo este sentimento bom que já havia começado a habitar meu corpo desde quando fui obrigado a ir ao centro pra resolver uma coisa que só seria resolvida por telefone. E respondi:

“Minha filha, você é muito salientinha. Quer saber de uma coisa? Vá se fuder e enfie as suas propostas no cu! Amanhã eu ligo e vejo se uma atendente menos filha da puta me atende. E passar bem!”

Falei mesmo. E desliguei. À porra! Onde é que já se viu? Hunf!

Enfim... ainda não liguei pra lá de volta, porque quero ligar já com o dinheiro em mãos, e tenho que esperar receber todos os meus dinheiros pra isso. Mas queria lembrar o nome da vagabundinha, pra mandar ela se fuder de novo, não vou mentir!

Enfim... Tenho mais algumas pra contar pra vocês deste calvário de limpar o nome, mas vou deixar pra outros posts, pra poder movimentar isto aqui, que anda jogado às moscas.

Beijão, ótima quinta pra vocês !^^

5 comentários:

  1. auuhauhauhuahuahauha
    odeio tlmkt por isso bem ai!
    haphisa

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  2. Por isso que eu simplesmente não pago. rsrs

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  3. "Por isso que eu simplesmente não pago" foi otimooooooooo!kkkkkkkkkkkk
    amigow....batalha ardua essa tua...mas boa sorte, pq tudo soh tende a piorar! rs
    amo-te. bjoa

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  4. HUAHAUHAUAHAUH morri de rir!

    Nem me fala, porque ontem foi o meu dia de fazer essa peregrinação. Eu estava com 900 reais do limite, ou seja, endividada. Sendo que na época eu peguei 60 reais do banco (de limite). Passou um ano e meio e querem me cobrar 900. E simplesmente não dá pra ser direto no banco porque depois de um tempo eles terceirizam isso. No final paguei 200 reais a vista e encerrei a maldita conta.

    E as atendentes são bem assim mesmo... de uma "delicatesse" que vo ti contá.

    bj

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  5. Caramba.. o pessoal aqui perguntou o que eu tava lendo pq eu tava vermelho de tanto sorrir.. uahauhauah

    Saudads de ler esses posts!

    Abraço

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